Basílica di San Pietro (Basílica de São Pedro)
Epicentro do catolicismo, sede do papado e lugar do túmulo de São Pedro, a igreja mais visitada de Roma, cuja atual versão foi iniciada no século 16, é simplesmente a maior do mundo. Construída sobre as fundações de uma antiga basílica do século 4, que por sua vez encontrava-se sobre as ruínas do Circo de Nero, a igreja supostamente encontra-se junto ao lugar onde o discípulo Pedro foi crucificado de ponta cabeça no ano de 64. Em 324 Constantino aqui ergueu o primeiro templo em homenagem sobre o primeiro dos papas, uma obra que ganho vulto durante os períodos da Renascença e Barroco.
No interior da Basílica de São Pedro estão algumas obras de arte fundamentais da Itália dos séculos 15, 16 e 17, um período que viu o ápice da criativade de mestres como Bernini e Michelangelo. Um dos pontos altos da visita, claro, é a Pietà, esculpida em mármore por Michelangelo Buonarroti (também autor do desenho do domo e das fantásticas pinturas do teto e altar da Capela Sistina, no vizinho Museus do Vaticano). O Baldacchino sobre o altar papal é uma impressionante alegoria às colunas do rei Salomão, projetado por Bernini sob ordens do papa Urbano VIII. É dele também o projeto das colunatas da Piazza San Pietro, a Praça de São Pedro, que abraça os fiéis aos domingos e durante celebrações especiais, como o Natal, Corpus Christi e cerimônias de canonização. É de lá que é possível ver o papa abençoar a multidão colorida, a partir da janela da biblioteca, bem no centro da monumental fachada. Ao centro da praça está um obelisco egípcio, numa provável demonstração de força do Cristianismo sobre antigas religiões.
Tudo dentro da Basílica de São Pedro é superlativo, do ornamento dos pisos às massivas colunas, das capelas laterais ao teto decorado. Somente a apse já seria o suficiente para abrigar mais fiéis que boa parte das igrejas da Cristandade, enquanto que a vista ao topo da cúpula, junto à lanterna, requer a escalada de 537 degraus. Para se chegar à cúpula, encontre o acesso à esquerda da entrada principal, além da Porta Santa. A entrada é paga, tanto para quem usa o elevador como para quem encara a subida a pé.
Curiosidade: a Reforma Protestante iniciada pelo padre Martinho Lutero, no século 16, foi deflagrada pela política papal de financiamento da reforma da basílica. Entre outras fontes, o papa vendia indulgências (perdões) a pecadores (alguns da pesada) que contribuíam com dinheiro. Contrário à esta prática, Lutero publicou suas famosas 95 Teses em 1517, que catalisou a cisão da igreja.
Destaques:
– O Altar Papal e o Baldacchino de Bernini, sob a abóbada
– A Pietà, do lado direito da nave, logo depois da entrada
– A Capela do Coro, do lado direito, adjacente à nave
– Vista do Domo (Cúpula)